mar aberto

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o que aprendi escrevendo num diário por 21 dias seguidos

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manter a constância é sempre o mais difícil

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maki de mingo
Mar 13, 2025
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o que aprendi escrevendo num diário por 21 dias seguidos
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talvez eu pudesse deixar tudo mais esteticamente agradável.

mas a roupa de ginástica é confortável e “cabe” bem embaixo das camadas térmicas que preciso usar pra passear com o meu cachorro assim que acordo.

jogo uma água no rosto só pra terminar de acordar, escovo os dentes. tô de óculos ainda e sem maquiagem, mas o fato de estar sentada com a caneta na mão é uma vitória maior.

não tomo café antes das 09h, e tô com preguiça de terminar a minha vitamina de couve e proteína vegana, mas já comi a torrada com guacamole e ovo de todos os dias.

sou uma criatura de hábitos, afinal.

abro o caderno na primeira página em branco disponível e escolho a cor que melhor representa o meu humor (ou satisfaz a minha versão criança). hoje, escolho verde. tô me sentindo esperançosa.

também é a minha cor favorita, mas isso é só um detalhe.

tomo mais um gole do suco, que até então me encarava desaforado, achando que seria esquecido mais uma vez, enquanto me permito alguns segundos pra entender por onde quero começar a escrever hoje.

tento olhar pela janela, mas ainda tá escuro demais lá fora. Michael já terminou o próprio café da manhã e, como de costume, foi tirar a sua soneca matinal no closet do meu quarto.

eu sempre fico maravilhava com o silêncio das manhãs.

começo a escrever, então, com o óbvio: “não tenho nada na mente agora”, uma afirmação com menos de dois segundos de validade porque, depois que começo, é difícil parar. me concentro nos movimentos da minha mão, no som da ponta da caneta correndo pelo papel, nos pensamentos que vêm pro protagonismo da minha mente querendo sair de alguma forma.

escrevo sobre tudo e sobre nada. o que jantei ontem de noite. a série que tô assistindo. uma conversa que não me sai da cabeça. o propósito da vida.

sabe como é, só o básico.

vinte minutos passam voando e eu teria muito mais a dizer, se tivesse tempo. mas preciso levantar dessa cadeira agora se quero ir pra academia no horário. minha manhã é uma corrente de eventos e atividades quase cronometradas, tudo pensado pra eu aproveitar os meus momentos mais descasada fazendo o que gosto (e preciso) pra ter um dia bom.

então, fecho o caderno. levanto da mesa. boto o prato e o copo na pia da cozinha. termino de me arrumar rapidinho pra não perder a empolgação.

saio pela porta sempre mais leve depois de escrever.

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