fiz umas colagens estranhas num caderno
tenho aprendido muito sobre me permitir coisas novas
esses dias, eu tenho me sentido um pouco como a criança que tá lá no pré-primário aprendendo um monte de coisa nova a cada hora.
se a gente for sincera (e um pouco filosófica) a verdade é que estamos aprendendo coisas novas todo santo dia – é só a gente observar com cuidado. ao mesmo tempo, eu sinto que a Vida Adulta deixa o nosso olhar vidrado, triste, e a camada cinza que cobre a rotina impede a gente de observar os aprendizados do meio do caminho.
entra aí o perfeccionismo
não necessariamente todo adulto é perfeccionista, mas eu definitivamente sou.
isso tá bem longe de ser um ponto positivo disfarçado de ponto fraco (tipo quando a gente fala em entrevista de emprego ‘sou perfeccionista', como se isso fosse uma medalha de ouro olímpica), mas uma combinação de vozes gritando umas sobre as outras na minha mente dizendo que ‘tá tudo errado’ e que eu deveria desistir.
via de regra, eu desistia.
porém, meio que numa vibe ‘fazendo pelo enredo’ (minha humilde tradução pra ‘doing it for the plot') eu decidi que eu ia começar a fazer as coisas de qualquer jeito mesmo e ver o que dava. gravar uns vídeos e postar sem pensar muito sobre o assunto. escrever sobre umas coisas diferentes e ver o que o pessoal fala. até cuidar do meu corpo de uns jeitos novos e observar o resultado.
tem sido um processo bem interessante porque, meio que à força, eu tô me permitindo errar em público, como disse uns textos atrás e aprender no caminho.