olha, eu não quero te assustar nem nada, mas você é muito menos importante do que pensa. eu não falo por mal, sabe, mas esse ego inflado tem feito você acreditar que tá Todo Mundo™ pensando em você, de certa forma.
substitua “você” por “eu” no parágrafo acima, e temos uma crise existencial.
tenho refletido bastante sobre mim mesma nos últimos meses. a minha condição de Desempregada™ e a (lenta) recuperação de um 2023 super puxado tem me feito pensar sobre tudo e sobre todos, e questionar cada uma das decisões de vida que eu tomei até agora.
ou seja, coisas simples, leves, super de boas.
cometei em alguns dos textos mais recentes como eu queria ser famosa quando era mais nova e, parando pra pensar sobre isso mais a fundo, percebi que tenho mais em comum com o Gus de A Culpa é das Estrelas do que eu pensava, a princípio:
“meus medos? […] eu tenho medo de ser esquecido".
porém, mais do que o medo de ser esquecida, acho que o meu maior medo é ser irrelevante na história da humanidade, alguém que não alcança alguma coisa e não vive o seu potencial.
talvez isso tudo seja, mais uma vez, um reflexo do mundo em que a gente vive e do sistema maluco que é o capitalismo, mas a ideia do potencial não vivido e obliterado por centenas de anos de história me apavorava.
corta pra algumas semanas atrás, quando eu percebi como é opressora a ideia de precisar Chegar Lá pra Ser Alguém na Vida Adulta. como se o mundo fosse uma grande competição pra ver quem chega na reta final primeiro.