o ano era 2015.
os blogs ainda tinham uma relevância danada e uma das minhas blogueiras favoritas na época, a Fran Guarnieri, fez um post no seu blog falando sobre o seu caderno de organização.
eu ainda amava e usava agendas tradicionais pra me organizar, mas já sentia que aquele método não tava mais me ajudando com nada. eu precisava de mais liberdade pra escrever sobre o meu dia, minhas tarefas e todo o resto livremente.
seria também uma válvula de escape criativa.
lembro especificamente do ano porque comecei o meu caderno de organização no mesmo mês que saí da casa da minha mãe pra morar sozinha pela primeira vez. e já usei as páginas em branco pra organizar tudo o que eu precisava praquela mudança tão marcante pra mim.
comecei a pesquisar mais sobre o assunto e buscar inspiração no Pinterest sobre como montar e decorar o meu caderno, e foi nessas pesquisas que descobri que o caderno de organização era, na verdade, filho PT-BR do bullet journal.
ou bujo, pros íntimos.
automaticamente munida de uma nova obsessão criativa, eu passava HORAS todas as semanas montando o meu bullet journal pra que ele ficasse perfeito - e esteticamente bonito - pra minha organização se manter organizada, de fato.
hoje, dou risada da minha ingenuidade.
mas, na época, gastar esse tempo montando o caderno perfeito pra mim fazia sentido. dá saudade das horas desenhando à mão o spread da semana, escolhendo as canetas coloridas ideais pra criar aquele calendário do mês ou a caneta preta de ponta fina perfeita pra escrever com a letra redondinha e maravilhosa que eu via nas fotos da internet.
entre indas e vindas, dali pra frente não consegui mais me adaptar a planners e agendas pré-prontas. a limitação desses produtos somado ao meu desejo de ter a vida inteira num só lugar não me permitia continuar gastando rios de dinheiro em cadernos que chegam no fim do ano intocados.
(não que isso tivesse me impedido de comprar muitos cadernos que seguem intocados, né.)
foi só agora, em 2024, que decidi voltar a fazer bullet journal da maneira que o criador do método idealizou.
e que decisão acertada, viu.